<p class="titulomateria">Marcas precisam ganhar confian&ccedil;a dos consumidores, diz pesquisa</p> <p>Por Thiago Terra<br /> <a href="mailto:thiago@mundodomarketing.com.br">thiago@mundodomarketing.com.br</a></p> <p>O Mundo do Marketing j&aacute; noticiou diversas vezes que a classe C no Brasil atualmente &eacute; a maioria da popula&ccedil;&atilde;o e que o consumo deste p&uacute;blico est&aacute; &ndash; ou estava at&eacute; a grave crise internacional se instalar no mercado mundial &ndash; aumentando gradativamente. Isto j&aacute; n&atilde;o &eacute; novidade, e sim um fato.</p> <p>Ap&oacute;s algumas pesquisas sobre o comportamento deste p&uacute;blico, a <a target="_blank" href="http://www.troiano.com.br">Troiano Consultoria de Marca</a> desenvolveu em parceria com o <a target="_blank" href="http://www.ibopeinteligencia.com.br">Ibope Intelig&ecirc;ncia</a> um estudo para entender quais as marcas que est&atilde;o presentes e influenciam na vida destes consumidores brasileiros com menor poder aquisitivo.</p> <p>O estudo mostra que para o consumidor da classe C &eacute; importante confiar em uma marca porque assim ele n&atilde;o corre o risco de errar na compra, evitando o desperd&iacute;cio de verba. Apesar de apenas 3% das marcas estudadas estabelecerem alguma rela&ccedil;&atilde;o com o p&uacute;blico, a pesquisa diz que a comunica&ccedil;&atilde;o ainda tem grande papel na conquista da confian&ccedil;a das pessoas.</p> <p><span class="subtitulomateria">Requisitos para qualquer p&uacute;blico<br /> </span>A melhoria na renda de consumidores da classe C fez com que este p&uacute;blico projetasse novos horizontes. Marcas que antes eram sonhos de consumo passaram a fazer parte da lista de compras das classes menos ricas. &ldquo;Essas marcas traduzem o processo aspiracional deste p&uacute;blico e os transportam do mundo de hoje para o que ele projeta&rdquo;, explica Cec&iacute;lia Troiano, s&oacute;cia-diretora da Troiano Consultoria de Marca e Coordenadora da Pesquisa O Consumo Popular e as Marcas: Construindo Confian&ccedil;a para Gerar Valor.</p> <p>Os produtos de maior qualidade oferecem seguran&ccedil;a na hora da compra e, para&nbsp;este p&uacute;blico, apresenta at&eacute; personalidade pr&oacute;pria e faz com que eles projetem uma vis&atilde;o otimista do futuro. &ldquo;Estas marcas ajudam a vida destas pessoas porque conferem uma identidade para eles. Quando v&atilde;o ao McDonald&rsquo;s ou compram um biscoito que um grupo de refer&ecirc;ncia consome, ele se v&ecirc; dentro deste grupo tamb&eacute;m&rdquo;, diz Cec&iacute;lia em entrevista ao Mundo do Marketing.</p> <p>Esta caracter&iacute;stica n&atilde;o &eacute; exclusividade da classe mais numerosa do Brasil. De acordo com Marcelo Coutinho, Diretor de An&aacute;lise de Mercado do Ibope Intelig&ecirc;ncia, isto acontece em todas as classes sociais. &ldquo;Ajuda na auto-estima do consumidor quando ele usa uma marca valorizada e salienta um aspecto de status dentro do grupo em que ele est&aacute; inserido e vale para todas as classes sociais. Uma marca de qualidade transforma-se numa esp&eacute;cie de &lsquo;fiadora&rsquo; da compra&rdquo;, compara.</p> <p><span class="subtitulomateria">Confian&ccedil;a em baixa n&atilde;o tira otimismo</span><br /> Segundo dados da pesquisa, das 64 marcas analisadas, apenas quatro delas&nbsp;- ou 3% - foram citadas como confi&aacute;veis por manter alguma rela&ccedil;&atilde;o com o consumidor. Este n&uacute;mero reflete a estrat&eacute;gia de empresas baseadas em informa&ccedil;&otilde;es ultrapassadas. &ldquo;As empresas ainda falam com o consumidor dos anos 1970 e 1980, que n&atilde;o tinham muito acesso &agrave; informa&ccedil;&atilde;o. Hoje o consumidor &eacute; muito mais antenado do que naquela &eacute;poca&rdquo;, acredita Coutinho.</p> <p>Outro fator que contribuiu para o baixo &iacute;ndice de marcas confi&aacute;veis para a classe C &eacute; a qualidade abaixo das expectativas do consumidor. &ldquo;Al&eacute;m das empresas sempre focarem sua &oacute;tica na classe AB, existem deslizes ao tentar transferir isso para a classe CD. Para esse p&uacute;blico a l&oacute;gica est&aacute; baseada sempre no pre&ccedil;o, com produto de qualidade aqu&eacute;m do m&iacute;nimo exigido destas pessoas. O crescimento deste setor far&aacute; com que as empresas tenham olhar mais diferenciado para esta classe&rdquo;, aponta Cec&iacute;lia.</p> <p>Apesar do resultado da pesquisa n&atilde;o ser animador, &eacute; poss&iacute;vel reverter esta realidade. &ldquo;H&aacute; uma tend&ecirc;ncia para a classe C - que passou a ser maioria no Brasil - j&aacute; que este p&uacute;blico teve acesso a bens e servi&ccedil;os que n&atilde;o tinham antes, e isto n&atilde;o tem volta porque eles v&atilde;o compr&aacute;-los novamente&rdquo;, analisa o Diretor de An&aacute;lise de Mercado do Ibope Intelig&ecirc;ncia em entrevista ao site.</p> <p><span class="subtitulomateria">Comunica&ccedil;&atilde;o certa, no lugar certo</span><br /> A pesquisa tamb&eacute;m apresentou um dado sobre a comunica&ccedil;&atilde;o das empresas com este consumidor, que diz que ela &eacute; decisiva para a escolha de uma marca. Com isso, a miss&atilde;o mais complicada &eacute; adotar a melhor forma de desenvolver a comunica&ccedil;&atilde;o correta. &ldquo;As marcas de confian&ccedil;a s&atilde;o as que investem em comunica&ccedil;&atilde;o e sempre t&ecirc;m uma hist&oacute;ria nova para contar seja atrav&eacute;s da embalagem ou da promo&ccedil;&atilde;o. O que importa &eacute; seduzir e estar pr&oacute;ximo destas pessoas&rdquo;, avalia Cec&iacute;lia.</p> <p>Qualidade e comunica&ccedil;&atilde;o s&atilde;o alguns dos pontos principais que uma marca precisa ressaltar para o consumidor da classe C, na opini&atilde;o de Marcelo Coutinho. &ldquo;As empresas ter&atilde;o que pensar em novas maneiras para inserir este p&uacute;blico em suas estrat&eacute;gias atrav&eacute;s de outros crit&eacute;rios de comunica&ccedil;&atilde;o. &Eacute; preciso que as marcas entendam este novo universo produtivo e se incorporem a ele&rdquo;, ensina Marcelo Coutinho, do Ibope.</p> <p>Al&eacute;m da comunica&ccedil;&atilde;o, outro fator fundamental para agregar confian&ccedil;a a uma marca &eacute; a sua distribui&ccedil;&atilde;o. Chegou a hora das grandes marcas do varejo irem atr&aacute;s destes consumidores. &ldquo;Ou as marcas est&atilde;o nos mercadinhos ou a chance de relacionamento se esgota. &Eacute; necess&aacute;rio criar canais de distribui&ccedil;&atilde;o para chegar at&eacute; o p&uacute;blico&rdquo;, conta a s&oacute;cia-diretora da Troiano Consultoria de Marca.</p> <p>Talvez agora seja o momento em que as empresas comecem a se preocupar em identificar o seu p&uacute;blico atrav&eacute;s de sua comunica&ccedil;&atilde;o. Esta realidade se concretiza a cada dia com o surgimento de ag&ecirc;ncias especializadas em comunica&ccedil;&atilde;o para as classes C e D. &ldquo;Estes consumidores precisam de produtos, assim como uma comunica&ccedil;&atilde;o que tenha a cara deles. &Agrave;s vezes &eacute; preciso fazer a comunica&ccedil;&atilde;o para esta classe&rdquo;, completa a executiva.</p>
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