<p><strong>Marcas fortes, s&oacute; com grandes investimentos?</strong><br /><br />Eduardo Muniz*<br /><br />As empresas desejam cada vez mais construir marcas fortes, pois cr&ecirc;em que se vierem a possu&iacute;-las conseguir&atilde;o uma vantagem perante seus concorrentes. Assim, n&atilde;o s&oacute; alavancar&atilde;o suas vendas como tamb&eacute;m conseguir&atilde;o agregar valor aos seus produtos e servi&ccedil;os, justificando poss&iacute;veis eleva&ccedil;&otilde;es de pre&ccedil;os. Por&eacute;m, acreditam tratar-se de projetos invariavelmente caros, que envolvem verbas exorbitantes, sobretudo em comunica&ccedil;&atilde;o, acabando por protel&aacute;-los continuamente. </p><p>Uma marca bem posicionada, de fato, proporciona um significativo diferencial competitivo, impactando diretamente nos resultados do neg&oacute;cio. Contudo, esta repetida postura dos gestores, em geral &eacute; conseq&uuml;&ecirc;ncia da an&aacute;lise de um projeto de Branding que n&atilde;o considera as peculiaridades da categoria em quest&atilde;o, estabelecendo como par&acirc;metros marcas que atuam em mercados que demandam grande notoriedade e com culturas de altos investimentos, de novo em comunica&ccedil;&atilde;o, refor&ccedil;ando ainda mais esta imagem para tais iniciativas.</p><p>Desta forma, &eacute; de suma import&acirc;ncia entender que h&aacute; diferen&ccedil;as entre categorias e que um bom trabalho de constru&ccedil;&atilde;o de marca n&atilde;o resulta do intenso investimento em comunica&ccedil;&atilde;o ou de uma estrondosa campanha publicit&aacute;ria. Ao inv&eacute;s disso, &eacute; essencial conhecer profundamente o seu segmento de atua&ccedil;&atilde;o, seus consumidores e todos os p&uacute;blicos que possam apresentar alguma atua&ccedil;&atilde;o relevante durante o processo de compra. </p><p>Conhecendo bem esses aspectos, torna-se poss&iacute;vel o levantamento de todos os pontos de contato existentes entre a marca e seus p&uacute;blicos de interesse, proporcionando assim a elabora&ccedil;&atilde;o de um trabalho detalhado, n&atilde;o somente no que tange a comunica&ccedil;&atilde;o, mas todo o composto de marketing da marca. E, mesmo no aspecto espec&iacute;fico da comunica&ccedil;&atilde;o &ndash; a grande consumidora de verbas &ndash; possibilita-se o desenho de um plano criativo e muito mais assertivo.</p><p>H&aacute; alguns cases interessantes de constru&ccedil;&atilde;o de marcas com baixos investimentos em comunica&ccedil;&atilde;o em mercados onde tradicionalmente isso n&atilde;o acontece, como BankBoston (recentemente negociado pelo Ita&uacute;) e Del Valle. Esta &uacute;ltima, ali&aacute;s, classificada como um bem de conveni&ecirc;ncia, poderia ser tida como imprescind&iacute;vel uma intensa campanha publicit&aacute;ria, inclusive dispondo de m&iacute;dias de massa. </p><p>Em contrapartida, mercados como telefonia m&oacute;vel e telefonia fixa, por exemplo, que respondem por alt&iacute;ssimos investimentos em comunica&ccedil;&atilde;o, apresentam baixos &iacute;ndices de confian&ccedil;a por parte dos consumidores, quando comparadas a outras categorias, como mostra a pesquisa realizada pela ABA / Top Brands. Prova de que realmente &eacute; necess&aacute;ria alguma disponibilidade de recursos para a constru&ccedil;&atilde;o de uma marca, contudo, de nada adianta o qu&atilde;o abundante seja a verba se n&atilde;o houver precis&atilde;o e consist&ecirc;ncia na sua aplica&ccedil;&atilde;o, proporcionadas por um planejamento estrat&eacute;gico bem definido, etapa muitas vezes ignorada ou negligenciada pelas empresas. </p><p>Eduardo Muniz &ndash; S&oacute;cio Consultor DA Top Brands, Consultoria e Gest&atilde;o de Marcas<br />Acesse: <a href="http://www.topbrands.com.br/" target="_blank">www.topbrands.com.br</a></p>
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