O futuro do consumo de energia no Brasil para empresas de diferentes portes passa por transformações guiadas pelo cenário das mudanças climáticas e pelo progressivo processo de digitalização e abertura do mercado livre. Hoje, os consumidores livres já respondem por 37% do consumo de energia no Brasil. E, pelas contas da Câmara de Comercialização de Energia (CCEE), até o mês de setembro, a migração de consumidores para este ambiente de contratação já superou em 150% o valor total das migrações em todo o ano de 2023. Esta mudança exige a adoção de soluções capazes de aumentar a competitividade e a economia da conta de energia.É essa transformação nas formas de produção, de comercialização e de consumo de energia que está no centro do Energy Solutions Show 2024 (ESS 2024), eventos que tem o consumidor de energia como foco principal. O evento vai reunir, entre os dias 22 e 23 de outubro, em São Paulo, indústrias e empresas do grupo A (alta e média tensão) a investidores, gestores públicos, especialistas e agentes do setor de energia com objetivo de dar visibilidade às boas práticas e oportunizar conexões.“O consumidor vai estar no centro das discussões a partir de uma jornada de conhecimento que traz conteúdos e soluções de energia, em produtos e serviços, para os grandes e os médios consumidores industriais e comerciais do Brasil”, afirma Hermano Pinto, diretor do portfólio de energia, infraestrutura e tecnologia na Informa Markets Latam. “O objetivo é apresentar as mudanças em curso e, principalmente, como as empresas podem estar inseridas neste novo ambiente, que é de muitas oportunidades”, completa. O evento vai apresentar painéis e debates sobre experiências em andamento e seus resultados, soluções disponíveis, além de conteúdos introdutórios para executivos que buscam entender melhor sobre o sistema eletroenergético.A cada dia, 66 consumidores migram para o mercado livreDesde janeiro deste ano, os consumidores com contas de luz acima de R$ 10 mil podem escolher seu fornecedor de energia e o tipo de fonte, além de negociar preço e prazo de contratação no chamado mercado livre. Até agosto deste ano, 16 mil novos consumidores optaram pelo mercado livre, onde o preço da energia é mais barato que no ambiente regulado. Este número já supera em duas vezes os resultados do ano passado inteiro. Significa que, a cada dia, 66 empresas migraram para este ambiente de comercialização, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).De acordo com a CCEE, 72,6% dos novos entrantes no ambiente livre são pequenas e médias empresas, como padarias, supermercados, farmácias e escritórios. A região Sudeste lidera o ranking migrações, seguida pelo Sul e pelo Nordeste.De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), 31 mil unidades consumidoras devem realizar essa migração até 2025. Desse total, 95% são empresas de menor porte, com demanda menor de 500 kW. Pelas contas da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), o mercado livre já propiciou, em 2023, uma economia de cerca de R$ 48 bilhões ao consumidor.Outra tendência em curso é o aumento no número de consumidores que se tornaram também geradores de energia. Em 2024, o Brasil atingiu 30GW de capacidade instalada em geração própria de energia, a chamada Geração Distribuída (GD), atendendo 3,8 milhões de unidades consumidores. Esse montante de energia – proveniente de usinas fotovoltaicas – equivale a pouco mais que o dobro da usina de Itaipu (14GW). Para Hermano Pinto, no cenário atual, a energia deixou de ser apenas um insumo para ser uma aliada das empresas na construção de um negócio mais lucrativo, eficiente e responsável.Temas em evidênciaA programação do ESS 2024 foi construída a partir de três pilares - custo, eficiência e sustentabilidade -, e estruturada para atender cada tipo e tamanho de empresa, os consumidores de alta e média tensão. "Para os de média tensão, a ideia é apresentar, de forma simples, os conceitos e soluções mais eficientes e sustentáveis. Para os de alta tensão, o evento vai oferecer conteúdos que avancem nessa agenda, como financiamento, cogeração e mercado de carbono”, explica Hermano.Na programação, estão temas como modelos de contratação de energia, acesso ao mercado livre, eficiência energética, cases de eletrificação, autoprodução, mercado de carbono, energia eólica, armazenamento e o potencial da bioenergia e do hidrogênio e a abertura do mercado de gás natural.Serviço:Energy Solutions Show22 e 23 de outubro, no São Paulo ExpoCredenciamento de imprensa: https://www.energysolutionsshow.com.br/pt/IMPRENSA.htmlProgramação completa: https://www.energysolutionsshow.com.br/pt/programacao.htmlPresente em mais de 30 países, a Informa Markets atua há mais de 28 anos na América Latina, e conta hoje com três unidades de negócios: Brasil, México e Latam Hub, responsáveis pela entrega de mais de 30 eventos híbridos, 70 eventos digitais, portais de notícia e plataformas digitais de conexão e negócios.