Conforme aponta o relatório Desempenho Econômico da Construção Civil, divulgado pela Câmara Brasileira da Indústria em julho deste ano, o setor da construção civil no Brasil encerrou o primeiro semestre de 2024 com resultados sólidos. De acordo com os dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o nível de atividade do setor em junho de 2024 alcançou 49,9 pontos, o maior patamar registrado nos últimos 12 meses, demonstrando estabilidade no mercado. O estudo também ressalta que este resultado é equivalente ao mesmo período de 2023, reforçando a manutenção das atividades no setor.O relatório mostra que o mercado de trabalho formal da construção civil apresentou um desempenho maior nos primeiros cinco meses do ano. Segundo o Novo Caged, o setor foi responsável pela criação de 159.203 novos empregos com carteira assinada. Esse número representou o melhor resultado para o período nos últimos 12 anos, colocando a construção civil como um dos principais motores da geração de empregos no país. Ainda sobre o relatório e em relação à distribuição desses postos, a construção de edifícios foi responsável por 42,48% do total, enquanto os serviços especializados e as obras de infraestrutura contribuíram com 32,93% e 24,59%, respectivamente.O estudo aponta que em termos salariais, o setor da construção civil também apresentou dados para análise. Conforme os dados do Novo Caged, o salário médio de admissão no setor em maio de 2024 foi de R$ 2.290,41, superando a média geral de todas as atividades econômicas, que foi de R$ 2.132,64. O relatório também destaca a atratividade do setor para os jovens: cerca de 45,09% das novas vagas foram preenchidas por trabalhadores entre 18 e 29 anos.A publicação também informa que geograficamente, São Paulo e Minas Gerais lideraram a criação de empregos no setor da construção, com os municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia e Curitiba despontando como os principais pólos de contratação. De acordo com o levantamento, somente Rondônia e Piauí apresentaram retração no mercado de trabalho do setor no período analisado.José Antônio Valente, diretor da empresa de franquia de aluguel de equipamentos Franquia Trans Obra, afirmou que olhando para os resultados apresentados pelo relatório da CBIC, é possível perceber uma trajetória sólida e promissora para o setor da construção civil no Brasil. José Antônio continuou dizendo que a estabilidade no nível de atividade e o crescimento na geração de empregos indicam que o setor continua sendo um dos pilares da economia nacional, com um papel de destaque na criação de oportunidades formais de trabalho. “Com a crescente demanda por infraestrutura e edifícios, o cenário futuro sugere que o setor pode continuar impulsionando o crescimento econômico, especialmente com o foco em modernização tecnológica e qualificação de mão de obra. Entendo também que o setor de locação de equipamentos para construção civil deve estar em constante aprimoramento dos seus processos e na qualidade do seu atendimento, pois a locação de máquinas e equipamentos pode reduzir o custo de manutenção das empresas no setor da construção”.Ainda sobre o relatório, é possível verificar que houve um aumento nos custos do setor, com o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC) registrando um crescimento de 44,02% entre janeiro de 2020 e junho de 2024, acima da inflação oficial do país, que subiu 30,47% no mesmo período. O custo dos materiais de construção foi apontado no estudo como o de maior impacto em custos, com um aumento de 60,28%.Perguntado sobre o estudo divulgado, José Antônio disse que é necessário que o setor da construção civil continue a investir em tecnologia e capacitação profissional, fatores que serão decisivos para assegurar sua competitividade a longo prazo. “Vejo que o setor também deve olhar de perto uma franquia de locação de equipamentos para construção civil para otimizar custos de manutenção e compra de equipamentos, visando maximizar recursos e alocar investimentos em outras áreas da empresa”.