Crescidos, em sua maioria, no auge dos anos 80, os membros da Geração X foram os pioneiros na quebra de estereótipos e tabus relacionados ao envelhecimento e ao bem-estar sexual. Agora, o grupo se faz ouvir e demanda ações mais inclusivas por parte da indústria de beleza.

Estendendo a conversa sobre o impacto das diferentes gerações - presentes e do porvir - sobre variados segmentos da indústria moderna, a WGSN traçou projeções para o panorama do mercado de beleza em 2025 sob a perspectiva da Geração X.

Para isso, a empresa analisou as características mais profundas dos consumidores pertencentes à Geração X no  estudo “WGSN – Inteligência de mercado 2025: prioridades de beleza da Geração X” e mapeou aspectos importantes para a compreensão da relação destes consumidores com a beleza, indicando caminhos para as marcas que desejam estreitar o relacionamento com estes consumidores.

O que as marcas podem fazer?

O estudo aponta que a força dessa geração está desconstruindo narrativas pré-concebidas e enraizadas pelo tempo. Estes consumidores estão começando a se opor à ideia de que a ‘juventude’ é o auge da beleza, e abraçam o processo de envelhecimento em vez de tratá-lo como um problema.

Esta percepção está intimamente ligada ao bem-estar físico e sexual dos membros da Geração X. Nesse sentido, o estudo resgatou dados coletados em 2020, que apontam que 46% das mulheres dessa geração não se sentiam preparadas para a menopausa. Isso, por sua vez, abre espaço para que marcas e empresas enderecem estas consumidoras com produtos específicos para tornar menos desafiadora esta nova fase da vida.

Já no cunho do bem-estar sexual, a pesquisa aponta que as disfunções sexuais, como impotência e dor durante a penetração, podem afetar pessoas de qualquer idade, e por isso, marcas podem mitigar esses problemas de forma acessível oferecendo soluções alternativas que ajudam a ativar a libido ou aumentar o prazer sexual.

Cabe ressaltar que essa geração é conhecida como questionadora. Logo, eles desejam desconstruir os padrões de beleza convencionais e tratar de temas considerados tabu. Além disso, enxergam a cultura da beleza como uma crise de saúde pública, e portanto, tentam tornar o universo da beleza em um espaço mais inclusivo e seguro - o que está diretamente ligado às ações das marcas, que devem promover essa inclusão.

Finalmente, a pesquisa aponta que em 2025, o estresse cotidiano estará em ebulição. O mundo passa por crises constantes, e as preocupações fazem parte da rotina de todos. Por isso, marcas devem criar produtos e serviços que garantam o bem-estar físico e mental de cada indivíduo.

O que quer a Geração X?

O estudo aponta que os membros da Geração X tendem a gastar bastante com produtos de beleza, mas o fazem de forma inteligente. Neste panorama, parecer 'saudável' é mais importante que parecer 'jovem', e por isso, estes consumidores buscam produtos que se adaptam às próprias demandas de beleza.

Partindo deste princípio, os produtos de proteção solar lideram as buscas na categoria skincare, sendo os itens mais importantes na rotina de cuidados para a pele para 65% dos membros desta geração, segundo o estudo.

Além disso, os produtos oferecidos à Geração X devem oferecer um mix de performance, conveniência e validação. Estes consumidores apreciam produtos e serviços que otimizam suas rotinas, formatos multifuncionais, marcas veganas e cruelty-free.

Outro aspecto notável é a aquisição de produtos digitais tanto por meio dos canais físicos quanto através dos canais digitais. Em ambos os casos, estratégias de vendas que privilegiam a experiência do consumidor podem ser grandes diferenciais, já que 63% dos membros da Geração X são fiéis às suas marcas preferidas.

Dentre as categorias relevantes para a geração, destacam-se beleza sem idade, dermocosméticos híbridos, produtos capilares para cabelos maduros, beleza menopausal, bem-estar sexual, cuidados com a pele dos seios e suplementos.

*Com informações de WGSN.

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