O avanço acelerado da tecnologia nos últimos anos revolucionou o comportamento dos consumidores e a maneira como as marcas interagem com o seu público. Se na década de 90 o marketing era concentrado em propagandas no rádio, televisão ou veículos impressos, atualmente o marketing digital tornou-se a principal ferramenta de comunicação entre as empresas e os seus clientes, principalmente através das redes sociais. 

Um dos principais desafios diante desse cenário que ganha cada vez mais força é como atingir de maneira assertiva e eficiente os diferentes públicos nas redes sociais. Afinal, o heterogêneo público das mídias digitais transformou os hábitos de consumo da população. É um caminho sem volta e que exige adaptação diárias das empresas. 

O Brasil é um dos maiores consumidores de redes sociais do mundo. Segundo relatório anual sobre dados do mundo digital divulgado pela We Are Social e Meltwater, existem 144 milhões de contas de brasileiros nas redes sociais, um aumento de 2 milhões em relação ao ano passado. O número de usuários de mídias sociais equivale a 66,3% da população total, ainda que uma mesma pessoa possa ter mais de um perfil. 

O estudo apontou que o público brasileiro passa 3 horas e 37 minutos por dia, em média, só nas redes sociais. Ou seja, são quase 100 horas por mês em frente ao computador ou smartphone assistindo vídeos, notícias ou posts dos mais variados assuntos – incluindo a oferta de produtos e serviços, que muitas vezes passam despercebidas desse consumidor ávido por novidades. 

Uma das maiores dificuldades em traçar estratégias de marketing digital para as redes sociais é justamente a diversidade de idade, gênero e interesses dos frequentadores das mídias sociais. Cada rede tem as suas características e particularidades no discurso e forma de dialogar com os usuários. 

Páginas como o Instagram e TikTok, por exemplo, são mais assíduas entre os jovens da Geração Z, atentos às novidades inovadoras e tecnológicas. Por isso, a mensagem deve ser transmitida através de vídeos curtos, simples e fáceis de compartilhar. Também é fundamental o uso de influenciadores digitais que dialogam com esse público e fazem parte do seu universo.

Por outro lado, redes sociais como o Facebook e LinkedIn, por exemplo, são mais consumidas pelo público sênior. Neste caso, é preciso adotar um discurso assertivo para dialogar com essa parcela da audiência, compreendendo as suas particularidades e preferências. Os consumidores acima dos 40 anos valorizam a experiência pessoal e a opinião de autoridades ou referências no assunto. 

É fundamental entender que as redes sociais não são utilizadas apenas para engajar o público e divulgar a marca, mas também como uma ferramenta potente de compra, desde produtos como roupas ou acessórios, até carros e imóveis. As redes sociais têm o poder de instalar o desejo no consumidor.

Segundo pesquisa realizada pela Adyen, companhia de tecnologia de pagamentos para grandes empresas, as redes sociais são utilizadas por 65% dos brasileiros na hora de fazer compras online, sobretudo as gerações mais novas. O relatório apontou que a modalidade é majoritariamente usada pelas gerações Z (entre 16 e 26 anos) e Millennials (entre 27 e 42 anos), com 72% de aderência cada.

Nesse contexto diverso e variado, a chave para uma comunicação assertiva nas redes sociais é conhecer o seu público, que deve estar sempre no centro de todas as decisões, e direcionar o conteúdo de acordo com o perfil da rede social.  As empresas que souberem se comunicar de forma adequada com cada um desses públicos através de uma boa segmentação de marketing, sairão na frente.

Portanto, o atendimento e a criação de conteúdo para as redes sociais devem ser personalizados e produzidos de acordo com o público que a empresa quer atingir. Mais do que isso, é preciso criar uma comunicação específica, humanizada, utilizar uma linguagem adequada, melhorar a experiência de compra e tornar a jornada do cliente mais prática, ágil e segura.