SxSW 2014: Tendências, apostas e o futuro 18 de março de 2014

SxSW 2014: Tendências, apostas e o futuro

         

Wearables, Tempo Real e makers. Três lições de uma semana no Texas e uma certeza: o futuro é para quem não tem medo de fazer, errar e compartilhar

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Acabou a semana de interatividade do South-by-SouthWest. Foram mais de 800 palestras, painéis e sessões que cobriram o futuro da publicidade, da criatividade digital e da tecnologia. Após uma incrível quantidade de informação a ser discutida em apenas cinco dias, é inevitável começar a separar o que são visões do futuro ideal do que é tendência de mercado. Seguindo esta lógica é possível destacar três assuntos amplamente discutidos na 21ª edição do festival:
 
Wearables, uma grande aposta
Assim como aconteceu na CES (ConsumerElectronics Show), em Las Vegas, o tema “wearables” foi exaustivamente discutido e apresentado. No entanto, o sentimento é de frustração. Não só para mim, mas também para todos os que assistiram às palestras e com quem conversei. 
 
Era inevitável não criar a expectativa sobre ver o que as cabeças mais brilhantes do mundo digital estavam planejando para os dispositivos “vestíveis” e a grande resposta foi: “Ainda não temos respostas”. É fato que a adoção dos wearables é um caminho sem volta. Mas também está claro que ninguém sabe direito o que fazer e como usar as informações coletadas sobre eles.
 
O que se viu foram dezenas ou centenas de iniciativas independentes entre óculos, jóias, pulseiras, tênis e camisetas conectados. Todos eles armazenando infinitas informações sobre diferentes detalhes das nossas vidas, à espera de alguém que tenha alguma ideia brilhante sobre como utilizá-los, ou melhor dizendo, monetizá-los.
 
O futuro da publicidade: Tempo real, personalização e locationbased marketing
A edição de 2014 do South-by-Southwest promoveu oficialmente este tema de aposta para tendência sem data de validade. Apesar de já ter sido bastante discutido nas edições anteriores do festival, a publicidade personalizada começa a ser ilustrada com casos reais e os resultados são impressionantes.
 
O advertising com base na localização do usuário está em todos os lugares do evento. Não só nas palestras, mas também nas ruas. A tecnologia evoluiu, plataformas estão sendo construídas e amplamente utilizadas por aqui, e no Brasil com certeza vamos ver isso explodir ainda este ano.
 
O grande desafio será entender o comportamento e o perfil do usuário e saber personalizar o serviço que vai ser ofertado pra ele. Repare que na frase anterior a palavra “serviço” substitui o que antigamente chamávamos de publicidade. É consenso, até entre os publicitários mais tradicionais, que as marcas terão que criar serviços e experiências que facilitem a vida dos seus consumidores, se quiserem manter a comunicação com eles.
 
Morte aos haters. O futuro pertence aos makers, DIYs e à colaboração.
Assim como já estamos acostumados no Brasil, aqui também temos os críticos de plantão, pessimistas e haters. E a frase que essa turma resolveu se apegar, é que o SxSW ficou muito grande, perdeu a sua essência e está lentamente morrendo. Mas não é isso que se vê nas ruas, nos painéis, workshops e palestras. O que pude ver são empreendedores, na prática ou em espírito, sempre construindo. Fazendo coisas novas, falhando, aprendendo, compartilhando e tentando novamente.
 
Aqui, a economia foi estruturada para que essas pessoas continuem a criar. O pessoal se ajuda muito e tem orgulho de ver o mercado prosperando como um todo. Muitas vezes nem se importam se é concorrente ou não.
 
Este é um ponto que, em minha opinião, ainda praticamos muito pouco no Brasil. No SxSW você encontra a cada esquina o resultado de parcerias de grandes empresas, startups, agências e estúdios de tecnologia que construíram juntos experiências incríveis para o consumidor. E estão colhendo resultados impressionantes com isso. A impressão que levamos daqui é que o futuro é pra quem não tem medo de fazer, errar e compartilhar.

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